Quando se pede às pessoas que avaliem a perceção do seu estado de saúde, a subjetividade da avaliação “salta à vista”. A avaliação do estado de saúde vai muito além da existência de uma doença, e pode até contradizer a opinião de médicos. Prova disso, é que existem pessoas sem qualquer doença que se reconhecem pouco saudáveis, enquanto pessoas com diagnósticos concretos de doença (até grave) se consideram bastante saudáveis.

Sabemos ainda que:

• A primeira associação a saúde é a dimensão física, e não mental. Isso não significa que não existam problemas do foro mental, mas estes são menos reconhecidos ou interferem menos na consideração da saúde que se tem.
• A saúde mental difere muito entre idades: existe uma enorme distância entre o nível (maior) de saúde mental nos mais velhos e o nível (menor) nos mais novos. Muito provavelmente, esta diferença está ligada a uma interpretação diferente do que é saúde mental.  As pessoas de 65+ têm uma visão mais antiquada, que reduz a saúde mental à de demência ou loucura. Por isso mesmo, contrapondo com esta visão, avaliam melhor a sua saúde mental.

Para continuar a ler sobre mais sobre os aspetos que influenciam a saúde, ou outros temas da saúde dos portugueses, convidamo-lo a ler o estudo.